O amante era felino
E fino como era
Rendeu-se à língua
De uma cobra
Ficou à míngua
Esquivando-se da sorte
A amante era inteira
E verdadeira
Ela também se rendeu
Mas foi ao amante
Que percebendo a sorte
Num instante
Inclinou seu olhar
De desespero
E percebeu
Uma flor no cabelo
Daquela mulher tão distante
Sentada olhando a fio
Com um olhar quente e vazio
E conheceu o lar
Os amantes terão muita história para contar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário